terça-feira, 27 de dezembro de 2011

O Arquipélago

O arquipélago de Los Roques pertence à Venezuela e é composta por cerca de 350 ilhas, ilhotas ou ilhéus. O arquipélago está localizado a 128 km ao norte do porto de La Guaira, equivalente a um vôo de 40 minutos do aeroporto de Maiquetía (principal aeroporto de Caracas).
É o Caribe praticamente intocado, como veio ao mundo. Não há resorts no arquipélago e nenhuma intervenção humana na maioria das ilhas. A ilha de Grand Roque é a principal ilha, onde há o aeroporto, as pousadas (casas de pescadores adaptadas) e o cais de onde saem as lanchas levando os turistas as ilhas.
Devido à grande variedade de aves marinhas e vida aquática rica, o governo venezuelano declarou Los Roques Islas um Parque Nacional em 1972.
Eu particularmente acredito ser um dos lugares mais bonitos do mundo, sem exagero!

Como Chegar

Há vôos diários tanto da Gol quanto da TAM saindo de Guarulhos para Caracas. Por não ser um destino muito procurado, é fácil conseguir os vôos para Caracas com milhas.
Para Los roques, há pequenos aviões de algumas Cias aéreas que fazem o trecho. Fui de AeroTuy (LTA) que possui o maior avião capaz de pousar na ilha (um bimotor). Vi muitos aviões pequenos da Chapi Air pousando a todo instante na ilha, mas dá medo só de olhar para os aviões. Vi alguns com capacidade de quatro passageiros que pareciam ser de papel...
 
Fiquei em Caracas por dois dias antes de ir a Los Roques e tive dificuldade de comprar o vôo para Los Roques. Cheguei a Caracas num fim de semana e não havia escritórios abertos para compra de passagem. Na segunda-feira cedo, busquei uma agencia de turismo no hotel que estava hospedado e consegui comprar as passagens (cerca de 250 reais o trecho).
Se fizesse a viagem novamente, não ficaria em Caracas. É uma cidade com poucos atrativos, como o teleférico que leva turistas para o topo do Ávila, uma montanha de 2.600 metros dentro da cidade. É considerada uma cidade perigosa para turistas, apesar de nada ter nos acontecido. Taxistas em Caracas tentam te enganar o tempo todo. Não há taxímetro e é preciso negociar o preço do trajeto antes de entrar no carro para não ser enrolado (há uma espécie de tabela de preços, mas não a encontramos). O aeroporto de Maiquetía é distante de Caracas, como Confins para BH. O transito na cidade é infernal...
O Aeroporto nacional, com os vôos para Los Roques fica ao lado do Internacional (com conexão interna). Minha sugestão é descer no aeroporto internacional e ir direto ao nacional para embarcar para Los Roques. Nesse caso, compre as passagens no Brasil. Deixei para comprar lá achando que seria mais barato. Mas a economia foi bem pequena.
Há três formas de comprar as passagens pelo Brasil: Através de alguma agência de turismo da Venezuela (utilizei a agencia do Hotel EuroBuilding em Caracas); através das próprias Cias Aéreas (não recomendado, pois o contato com elas é dificílimo tanto pelo site quanto por e-mail); ou através das pousadas (algumas delas você reserva do Brasil a hospedagem e o translado aéreo).
Outra forma, porém mais aventureira, é desembarcar no Aeroporto Internacional, ir até o nacional e comprar o próximo vôo para Los Roques no balcão das Cias Aéreas. Há um pequeno risco de não haver vôos disponíveis no dia e você precisar ficar um ou dois dias em Caracas.
Importante ressaltar que devido ao tamanho dos aviões que pousam na ilha, há um limite de 15kg de bagagem por pessoa, além da bagagem de mão, que deve ter um limite de 5kg (não tenho certeza). Acima desse peso, tem que pagar excesso de bagagem. Como nossa bagagem consistia em roupas leves de praia, em sua maioria, não tivemos problemas com isso. Aviões menores que o nosso da AeroTuy poderão ter um limite de bagagem menor. Importante confirmar!
Independente do vôo que escolher, sente no lado esquerdo do avião para melhor apreciar as imagens aéreas do arquipélago durante a aproximação de pouso.
 
Ao desembarcar na ilha, há uma pequena cabine onde é cobrada a taxa de preservação do Parque Nacional de Los Roques. O valor foi equivalente a 15 dólares por pessoa (turistas estrangeiros).
Chegamos “armados” na ilha depois de sofrermos com as malandragens de Caracas. Logo no aeroporto um insistente senhor nos ofereceu ajuda para carregar nossas bagagens. Dissemos que não precisava, acreditando que ao final, o senhor tentaria arrancar uma graninha. Procurando por pousadas, um rapaz local nos ajudou a encontrar a Natura Viva e por realmente ter nos ajudado, ofereci gorjeta. Ele negou, dizendo que já recebia das pousadas para ajudar os turistas recém chegados na ilha. O mesmo deveria acontecer para o senhor que nos oferecia ajuda com as bagagens...
Ou seja, a ilha é muito acolhedora com turistas e muito segura. Há cerca de 1.500 habitantes fixos na ilha e todos parecem se conhecer.

Onde Ficar

Há de 10 a 20 pousadas na ilha de Grand Roque dos mais variados tipos. Todas são bem próximas umas das outras, mas minhas principais recomendações são: TEM QUE TER GERADOR (falta luz a todo o momento na ilha)!! TEM QUE TER AR CONDICIONADO (ou vai passar um calor do inferno à noite).
Fiquei na pousada Natura Viva e recomendo fortemente. Diária de cerca de 300 dólares para casal (inclui café da manhã, almoço na praia, aperitivo pós-praia e jantar). O jantar é fantástico! É preparado por um Chef e tem entrada, 1º prato, prato principal e sobremesa (avise a pousada com antecedência caso não coma peixe ou frutos do mar em geral... Ou vai passar fome).
No almoço, você provavelmente estará na praia. As melhores pousadas montam uma caixa térmica, chamada de “cava” com “suprimentos” de praia. A cava da Natura Viva (para duas pessoas) vinha com bastante gelo, 4 latinhas de Pepsi, 4 latinhas de cerveja (se achar pouco, não sei se é só pedir na pousada ou você tem que comprar em algum mercadinho da vila e colocar na cava), biscoitos e 4 pequenas refeições que variavam todos os dias (frutas picadas, sanduíches, saladas, risotos frios, ...)
 
Natura Viva é a maior pousada de Los Roques. Tem um terraço onde o jantar é servido e tem um bar onde pessoas de outras pousadas aparecem para tomar um drink. Do terraço, é possível ver o melhor por do sol da ilha já que a pousada é colada ao mar. A pousada tem saída para o exato ponto de onde saem as lanchas que levam os turistas para as ilhas.
 
Entramos na pousada Albacora para conhecer as dependências. Pareceu ser excelente também. Há sites na internet que listam as diversas pousadas de Los Roques. Outras pousadas que parecem muito boas: Acuarela (mesmo dono do Natura Viva), Malibu e Rosaleta (conhecemos brasileiros hospedados nesses dois últimos que recomendaram). O site www.mochileiros.com pode fornecer dicas preciosas.
Cuidado quando a pousada disser que possui os passeios incluídos no pacote. Esses passeios incluídos são apenas para as ilhas próximas (Madrizqui e Francisqui). Para as ilhas mais distantes, a cobrança é a parte, direto com o capitão da lancha.
Para quem procura por pousadas mais em conta, também é possível. Um fotógrafo brasileiro que viajava sozinho nos contou que ele trocou de pousada umas três vezes. Na última pousada, ele conseguiu negociar com a proprietária, um quarto por 25 dólares (com ar condicionado).

O que fazer

A noite não tem muita coisa... Dar uma volta na vila, tomar alguma coisa no bar da pousada e só. Não parecia haver muitos turistas em Los Roques, apesar de ficarmos hospedados entre 12 e 18 de dezembro (o que seria alta temporada). Quando chegamos (numa segunda-feira), haviam dois casais hospedados na nossa pousada. Os casais saíram na terça-feira e ficamos sozinhos na pousada até sexta-feira, quando chegaram muitos Venezuelanos e a pousada ficou cheia.
 
Há umas baladinhas bem fraquinhas por lá. Tomamos uma caipiroska péssima na La Gotera. Alguns moradores locais e alguns turistas se misturavam pelo local...
 

O sono bate cedo após o dia inteiro na praia. As 21:30 estávamos dormindo. O dia começa cedo também. As 08:00 já estávamos tomando café da manhã, pois as lanchas começam a partir as 09:00.
Para quem mergulha, é perfeito. Vimos duas agencias de mergulho na vila que levam mergulhadores para os melhores lugares para a prática.
Para quem gosta de pescar, também há passeios direcionados para isso. Nos contaram que Bush pai e Bush filho já andaram pescando por lá.
Para praticantes de surf, kitesurf, windsurf e caiaque é perfeito também. Na ilha de Francisqui Abajo tem a casa do Elias, onde pode alugar equipamentos de Wind, Kite, Surfe e caiaque de primeira (aluguei equipo completo de Wind por 20 dólares/hora). Venta forte o ano inteiro no arquipélago. Atrás da Ilha de Francisqui Abajo, não há barreira de corais e, portanto, há ondas surfáveis. A praia de Francisqui Abajo não é muito boa (considerando o padrão do arquipélago). Então, não vá para lá ao menos que queira praticar algum desses esportes. Já a praia de Francisqui Arriba é ótima! Depois da praia de Madrizqui, é a mais próxima de Grand Roque (cerca de 5 min de lancha).

 
Importante ressaltar que o Elias não é professor. Ele apenas aluga os equipamentos. Caso tenha interesse em aprender, busque informações sobre uma empresa chamada Play (não tenho certeza, mas acho que eles oferecem cursos de Kite e Wind).
Snorkeling: é a prática mais comum. Há corais rasos para snorkeling em praticamente todas as ilhas do arquipélago.  Leve seu próprio equipamento do Brasil. Além de sair mais barato que alugar equipamento todos os dias com os barqueiros, é bem mais higiênico...
Fora isso, a atividade mais importante é ficar a toa nas praias incríveis de Los Roques.

Praias

Posso falar das quais visitei (em azul) e um pouco das quais gostaria de ter visitado (em vermelho).
A praia de Grand Roque possui muitos barcos e, portanto, não é adequada para banhistas.
Francisquises:
São três ilhas: arriba, medio e abajo. Fomos à Francisqui arriba no primeiro dia, que deveria ser chamada de “Francisquito”, devido à quantidade irritante de mosquitos. Repelentes comuns não repelem aqueles malditos! Encontramos um casal de brasileiros que sugeriram o uso de um repelente especial comprado em lojas de pesca esportiva.
A praia em si é muito bonita e vale uma visita, já que é muito próxima da ilha principal. Deixe para ir num dia com bastante vento, assim, os mosquitos da ilha não aparecem para te incomodar.
 
No meio da ilha tem um lago que não é próprio pra banho. Na parte de trás da ilha, contornando o lago, há local para mergulho com muitos corais para um ótimo snorkeling.
 
Em Francisqui arriba tem uma casa/restaurante que servem pratos de frutos do mar como peixes e lagostas (muito bem recomendado por turistas que conhecemos que almoçaram por lá). Disseram que é possível escolher a lagosta ainda viva antes de comê-la.
Caso a pousada não ofereça passeio gratuito para essa praia, o preço fica em torno de 10 dólares por pessoa.
Cayo de Agua:
 É considerada umas das dez praias mais bonitas do mundo pela National Geografic. E é realmente incrível. Tem uma passarela de areia que liga uma ilha a outra. Numa delas tem um farol de difícil acesso. A área de snorkeling lá também é bem interessante. Creio que foi aonde vimos maior número de peixes coloridos.
 
 
 
É uma das ilhas mais distantes de Grand Roque. Leva cerca de 50 minutos para chegar de lancha por um custo de 30 dólares por pessoa.
Noronquíses:
É como Francisqui, possui três partes: abajo, medio e arriba. Tem uma área de água rasa, clara e mais quente que o normal. Provavelmente devido às algas marinhas ainda vivas presas ao solo. É um local onde tartarugas marinhas aparecem para se alimentarem, apesar de não termos avistado nenhuma, disseram que lá é onde elas são mais encontradas.
Há uma área muito grande de corais para snorkeling bem raso. Avistamos polvos e corais de fuego (cuidado para não tocá-los! É um coral venenoso... Arde muito, incha o local e demora semanas para sarar).
 
A praia é bonita também... Fica a uma distância média de Grand Roque. Cerca de 20 minutos de lancha a um custo por volta dos 15 dólares por pessoa.
Crasquí
Há algumas construções nessa ilha. Algumas casas de pescadores e uma casa/restaurante de frutos do mar (também recomendado por um casal de brasileiros que conhecemos). No final da praia (lado esquerdo para quem olha para o mar) tem uma espécie de cemitério de conchas gigantes. O acesso se dá através de um caminho de conchas que fizeram, atravessando uma pequena mata. Segundo nos disseram, os pescadores e moradores de todas as ilhas combinam de “desovar” as conchas nesse lugar após comer o caramujo. Nesse local também há uma pequena e lindíssima praia (uns 30 metros) com um verdadeiro aquário para snorkeling (nas pedras próximas ao cemitério das conchas).
 
 
Vale uma visita nessa ilha. Também a uma distância média de Grand Roque. Cerca de 20 minutos de lancha a um custo por volta dos 15 dólares por pessoa. É possível combinar com o capitão da lancha a visita a Noronquíses e Crasquí em um único dia. Nesse caso, o valor ficaria em torno de 20 dólares por pessoa.
Bajo Fabian:
Nada mais é que um grande banco de areia que forma uma praia perfeita em 360°. Ficamos nesse banco a manhã e parte da tarde completamente isolados. Dá certo medo do capitão da lancha nos esquecer na ilha.
 
É bem próximo a Grand Roque, sendo incluído no pacote de algumas pousadas. Cerca de 10 dólares caso tenha que pagar a parte.
Sarquí / Espenqui
 É uma ilha maior, onde não há absolutamente nada humano. Ficamos um dia inteiro completamente isolados nessa ilha também. Tem uma barreira de corais na parte de trás da Ilha (entre Sarquí e Espenqui) chama La Barrera Azul. Disseram ser um dos melhores ponto para snorkeling. Como há muitas pedras no local e uma combinação de vento forte e mar bastante agitado no dia em que fomos, resolvemos não arriscar na La Barrera Azul.
 
Quanto a praia em si, não é tão bonita quando comparada com as outras que visitamos. Fica a uma distância média de Grand Roque. Cerca de 30 minutos de lancha a um custo em torno de 20 dólares por pessoa.
Madrizqui:
É a ilha mais próxima a Grand Roque. O mar é bem calmo e raso. Também sofremos com mosquitos em Madrizqui, porém em quantidade bem menor que encontramos em Francisqui.
É possível caminhar, com a água pela canela até Cayo del pirata onde tem pequenas casas de pescadores e um cais (nada demais...).
Aproveite o último dia (dia do vôo para o Brasil) para ir nessa praia, já que é bem próximo a Grand Roque e, nesse caso, não perderá muito tempo dentro da lancha.
 
Caso a pousada não ofereça passeio gratuito para essa praia, o preço fica em torno de 10 dólares por pessoa.
Boca de Cote:
Não fomos nesse local. Disseram que o snorkeling é fantástico! Parece que o passeio até Boca de Cote é sempre seguido por algumas horas em Crasquí.
É distante de Grand Roque. Deve levar cerca de 50 minutos para chegar de lancha por um custo provável de 30 dólares por pessoa.
Sebastopol:
Também não fomos nesse local. É uma das ilhas mais distantes. Disseram ser um lugar muito bonito que vale a pena uma visita.
É distante de Grand Roque. Deve levar cerca de 50 minutos para chegar de lancha por um custo provável de 30 dólares por pessoa.

Dólar

Muita atenção nesse tópico! Esse é o momento de maior risco da viagem.
O dólar oficial da Venezuela é fixado pelo governo Venezuelano a 4.5 bolívares (taxa de dezembro de 2011). Porém, no mercado negro, você consegue trocar seus dólares por 8.5 bolívares.
Então, para não pagar tudo pelo dobro do preço na Venezuela, você precisará trocar dólar no mercado negro (chamado também de câmbio paralelo). Comprei dólares no Brasil e levei para a Venezuela para trocar no câmbio paralelo. Minha intenção era comprar tudo (pousada, passagens,...) em bolívares na expectativa de me beneficiar com o câmbio paralelo e pagar um valor menor que pagaria em dólar via cartão de crédito ou PayPal.
Daria certo caso as operadoras de turismo e pousadas da Venezuela não considerassem o câmbio paralelo para a conversão da moeda. Ou seja, se tivesse reservado as passagens para Los Roques e a pousada do Brasil, o preço seria muito próximo ao que paguei em bolívares. A única vantagem de pagar a pousada em bolívares no momento do check-in em Los Roques é que há possibilidade de negociação para baixar o preço da diária.
Para as compras do dia-a-dia na Venezuela como roupas, alimentação, taxi e etc., somente a moeda local é aceita. Para isso, a troca de dólares no câmbio paralelo é fundamental. Caso saque dinheiro no caixa em moeda local ou efetue pagamentos com seu cartão internacional, o valor será convertido para dólar no câmbio oficial e depois para reais na fatura do seu cartão. Nesse caso sim, perderá dinheiro.
Então, minha recomendação é comprar a passagem para Los Roques e a pousada do Brasil (via cartão de crédito ou PayPal) e não utilizar seus cartões para compras locais. Leve dólares para trocar no câmbio paralelo.
Isso para mim foi fácil. Tenho uma amiga venezuelana cujo pai é dono de restaurante. Como eles viajam bastante para o exterior, eles também precisam comprar dólares no mercado negro. Troquei meus dólares com o pai dela a uma boa taxa e o mais importante, com segurança. Ainda ganhamos um ótimo jantar no restaurante, uma garrafa de rum e um abacate (rsss).
Para quem não tem essas facilidades, a opção seria trocar no aeroporto internacional, ao desembarcar, com os caras que ficam por lá aguardando pelos aviões internacionais para trocar dólares.
Aí que precisam ter cuidado. Todos os turistas que conhecemos fizeram isso, mas vale algumas precauções, pois os golpes parecem acontecer:
·         Em primeiro lugar, troque dentro do aeroporto. Caso só encontre alguém para a troca dos dólares do lado de fora ou na porta do aeroporto, peça para trocar do lado de dentro.
·         Nunca dê os dólares antes de receber os bolívares. Combine antes a quantidade de dólares a ser trocada e a taxa. Receba o dinheiro, conte, e depois entregue os dólares. Isso evita o golpe mais comum: você entrega os dólares, o cara troca por notas falsas de dólares e te devolve dizendo que as suas notas são falsas.
·         Combinar antes que vocês estão trocando dólares por bolívares e em que taxa é importante. Houve casos onde depois de feita a troca, o cara pedir mais dólares dizendo que achava que estavam combinando a troca por euros.
·         Outras tentativas de te pressionar para receber mais dinheiro podem acontecer depois de realizada a troca. Outros caras podem aparecer para aumentar a pressão. A recomendação é ignorá-los e sair andando calmamente.
Uma forma mais segura é trocar seus dólares em Los Roques. Pergunte discretamente para alguém da pousada onde pode trocar dólares. Eles podem te indicar um local ou chamar alguém de confiança até a pousada para a troca. O problema é que assim, provavelmente, a taxa será menor que no aeroporto internacional. Conhecemos gente que conseguiu trocar a uma taxa de 8.5 no aeroporto. Em Los Roques, nos informaram que estavam trocando a 8.0.
Publicar a cotação do dólar paralelo é proibido na Venezuela.  O máximo que você consegue é consultar em páginas da internet como esta abaixo:

Retorno ao Brasil

Informação importante para o retorno ao Brasil: minha sugestão é desembarcar no aeroporto nacional (vindo de Los Roques) e se dirigir ao aeroporto internacional para o embarque para o Brasil.
Mas para isso, se programe para um possível atraso da decolagem do avião em Los Roques (bastante comum) e as longas filas no aeroporto internacional para embarque ao Brasil. Há filas enormes para praticamente tudo. No Guichê da Cia aérea, na alfândega e até no raio-x das bagagens. Além disso, ficamos 1,5 horas dentro do avião aguardando a Guarda Nacional do Hugo Chaves inspecionar todas as bagagens. Para terem uma idéia, nosso vôo para o Brasil era as 19:30, nosso vôo de Los Roques chegou ao aeroporto de Maiquetia as 16:00. Foi o tempo certo...